Porque decidimos doar o presente de aniversário que compramos para nossa filha

Tenho duas filhas gêmeas, Alice e Helena. Elas têm desenvolvimentos diferente, pois Alice é uma criança com deficiência, com paralisia cerebral e Síndrome de West. Mas essa história conto em outro momento, hoje vou falar sobre Helena e o primeiro aniversário em que ela percebeu o que estava acontecendo.

Duas festas, muitos presentes

Como eu e minha esposa temos famílias grandes, optamos por fazer duas festas para podermos dar atenção a todos. Agora com três anos, Helena percebeu que tudo era pra ela: “o meu bolo”, “a minha festa” (“e da Alice, né mamãe?”) e ficou muito contente em poder brincar com os primos e amigos.

Havíamos comprado um presente no dia anterior, mas notamos a animação dela com a festa e preferimos deixar que ela focasse nesse momento. Nosso presente poderia aguardar.

No dia seguinte, ela não foi a escola e ficou o dia inteiro brincando com todos os presentes que ganhou. Juntou dinossauros em um banquete super animado com os filhotes da Patrulha Canina, enquanto tocava piano. E, outra vez, percebemos que não era o momento de dar um novo presente, ela já estava muito feliz e tão empolgada que nem tirou o cochilo da tarde.

A decisão de doar

Diante dessa situação, pensamos se ela precisava mesmo de ganhar outro presente. Ela gostou tanto de tudo que ganhou, é necessário que ela ganhe outro? Além disso, será que ganhar mais um presente não seria uma contribuição para estimular uma dispersão e ansiedade? Como quando nos sentamos frente a um cardápio ou catálogo de filmes com opções demais?

Por isso decidimos doar o presente que havíamos comprado para nossa filha. Ela estava feliz com tudo o que ganhou, o que precisávamos era brincar com ela, participar daquele momento e contribuir para que ela o aproveitasse mais. Sentei com a Alice em meu colo e escutei Helena dizer: “vamos brincar, Alice?” e soube que foi a decisão correta.

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