Hora do Recreio: Brincadeiras de 2 a 5 anos

No episódio dessa semana, trazemos a segunda parte da nossa série com indicações de brincadeiras adequadas para cada uma das fases do desenvolvimento infantil. Desta vez, vamos sugerir brincadeiras para crianças de 2 a 5 anos de idade.

Artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança: o desenvolvimento infantil e o direito de brincar

Os Estados Partes reconhecem o direito da criança ao descanso e lazer, a participar do brincar e das atividades recreativas e a participar livremente da vida cultural e das artes;
Os Estados Membros respeitarão e promoverão o direito da criança de participar plenamente da vida cultural e artística e encorajarão a criação de oportunidades adequadas, em condições de igualdade, para que participem da vida cultural, artística, recreativa e de lazer.

Nessa segunda parte de sugestões de brincadeiras com crianças, vamos continuar seguindo a categorização proposta por Piaget e que explicamos melhor na PRIMEIRA PARTE.

Mas antes de falar sobre a fase Pré-Operatória (que vai de 2 a 6 anos), vamos falar sobre a importância da brincadeira no desenvolvimento da criança.

O lúdico em Piaget

Parece óbvio falar, mas brincar é fundamental durante a infância. Não só para deixar os pequenos ocupados, ou para deixá-los alegres, mas a brincadeira influencia diretamente na aquisição de habilidades e competências que a criança utilizará na vida adulta.

Piaget afirmou que o jogo é uma forma de a criança, motivada pelo prazer, analisar e assimilar o mundo que a cerca. No período entre 2 e 6 anos, os Jogos Simbólicos, através da fantasia e ficção, constroem a significação das relações sociais e estimulam aquilo que elas exigem. Nesse período, cabos de vassoura viram cavalos, tampas de garrafa são copos e panelas e todos pequenos animais, bonecas ou bonecos constituem um núcleo familiar.

Assim, nessas simulações da realidade, constroem-se os conceitos da linguagem, da interação, da percepção do outro, do autoconhecimento e muitos outros.

Seu filho já brincou hoje?

Nos últimos anos, são muitos os pesquisadores que ressaltam a importância de permitir a brincadeira. Peter Gray, autor do livro Free to Learn, defende a importância de um tempo livre. Muitas vezes, a interferência e coordenação de um adulto nas brincadeiras da criança impedem o seu estímulo a criatividade.

Reservar um momento sem programação, permitindo às crianças se entediarem e construírem suas brincadeiras não é tempo perdido, pelo contrário (falamos isso na segunda temporada do DADTalks). É didático, e estimula a criatividade.

Segundo, Peter Gray, há algumas características que definem o “brincar livre”:

  1. Auto-escolhido e auto-dirigido
    Quem propõe é a própria criança. A definição por parte de um adulto criaria uma atividade lúdica orientada;
  2. Intrinsecamente mobilizado
    Ninguém brinca por obrigação.
  3. Guiado por regras
    Todo mundo que já brincou com uma criança ouviu “não é assim”. Não tem manual, mas tem regras.
  4. Permeado pela imaginação
    Brincadeiras são fantasia. Ao fazer uma avião de papel, a criança pensa no piloto, nos passageiros, até mesmo o próprio avião pode ser personagem.

Brincadeiras de 2 a 5 anos

2-4 anos

A criança está com melhor equilíbrio e inicia a compreensão de regras. Pode-se desenhar um caminho no chão.

Efeito Dominó, Futebol de Sopro, Objeto Fantasma, Adesivo, Cortar Papel com Tesoura, Guerrinha de papel, Bolha de Sabão, Caminhos de Linhas, Morto Vivo, Imã de geladeira.

4-5 anos

Contar Histórias, Amarelinha, Corre Cotia, Telefone com Barbante, Estátua, Batata Quente, Caça ao Tesouro, Alvo.


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Músicas do Episódio:

  • Tema de Abertura (Rafael Cabral)
  • A Hora do Recreio (Rafael Cabral)
  • Mariachi Snooze (Kevin MacLeod)
  • Walking the Dog (Silent Partner)
  • Tiptoe Out the Back (Dan Lebowitz)
  • Shawl Paul (Norma Rockwell)
  • Switch It Up (Silent Partner)
  • Sour Tennessee Red (John Deley and the 41 Players)
  • Panama Hat No Voice (Audinautix)
  • Get Back (Silent Partner)