“O Real, a Negação e o Duplo” de Clement Rosset

Fala pessoal do GizCast!

Em mais um programa do Quem Foi?!, Gabriel Bonz (@_gabrielbonz) nos conta um pouco da obra de Clement Rosset, filósofo francês nascido em 1939, um dos principais estudiosos dos filósofos “trágicos” do século XIX: Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche.

Lembrando que qualquer dúvida, sugestão, indicação de convidado, é, não só bem vinda, como necessária. Para entrar em contato nos procure no Facebook, no Twitter ou no e-mail.

Agradecemos a Yann Cerri (@yanncerri) pela arte da capa e à Sapiens Solutions pelo suporte ao podcast.

Produção: Gabriel Bonz.
Participação: Gabriel Bonz.
Edição: Gabriel Bonz.
Arte da Capa: Yann Cerri.


Referência do início do programa:

“Imaginemos que, por uma razão ou por outra, eu esteja ao volante do meu carro, muito apressado para chegar ao destino, e encontre um sinal vermelho no meu caminho. Posso me resignar ao atraso que ele causa, parar o meu veículo e esperar que o sinal mude para o verde: aceitação do real. Posso também recusar uma percepção que contraria meus propósitos; decido então ignorar a interdição e ultrapasso o sinal, isto é, procuro não ver um real cuja existência reconheci: atitude de Edipo furando os próprios olhos. Ainda posso, sempre na hipótese de uma recusa de percepção, considerar rapidamente que este obstáculo colocado no meu caminho acarretará um sofrimento demasiado cruel para minhas faculdades de adaptação ao real; decido então acabar com isso suicidando-me com o auxílio de um revólver guardado no meu porta-luvas, ou ‘recalco’ a imagem do sinal vermelho no meu inconsciente. Assim enterrado, este sinal vermelho que ultrapassei jamais virá à tona na minha consciência, a menos que um psicanalista ou um policial se envolvam. Nestes dois últimos casos (suicídio, recalcamento), opus uma recusa de percepção à necessidade de parar em que a percepção do sinal vermelho teria me colocado. Mas ainda existe outro meio de ignorar esta necessidade, que se distingue de todos os meios precedentes no que faz justiça ao real, concordando assim, pelo menos em aparência, com a percepção ‘normal’: percebo que o sinal está vermelho — mas concluo que é a minha vez de passar.”

(ROSSET, Clement. O real e seu duplo: ensaio sobre a ilusão. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, pp. 20-21)


#GizCastAcessível: A capa tem uma foto em preto e branco do filósofo Clement Rosset, um senhor de cabelos bem ralos e brancos, que está numa praia vestindo um pullover preto. Está escrito em fonte Times New Roman maior “QUEM V FOI?!” e, embaixo, “O Real, a Negação e Seu Duplo” de Clement Rosset. Ao redor da capa há uma simulação de moldura dourada.


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