Documentário tem documento como raíz. Esse episódio é documentação dos dois anos do Histórias Vizinhas. Raíz no passado e frutos pro futuro. Dois anos que existe publicado com esse nome, porque desde 2013 eu já queria fazer algo assim, quando conheci This American Life. Na época eu estava estudando música e desenho sonoro por diversos meios: violão erudito, canto, técnicas de gravação, fazendo trilhas sonoras para amigos, e por aí vai.

Primeiro tentei com um amigo que tem produtora de vídeo. Ele propôs fazermos algo com uma pegada turística ou exploratória mas alternativa, que tinha a ver com o primeiro episódio que fiz sobre uma cachoeira de Sabará, o Poço do Amor. Esse podcast se chamaria “Centrífuga” e seria meio documental e meio guia turístico, mostrando lugares de BH que fugissem da espiral da Avenida do Contorno, por isso o nome Centrífuga, fuga do centro, do comum. Mas ficamos só no “vamo-escrever-um-projeto”.

Depois tentei com uma associação de deficientes visuais, porque eles se interessam muito pelo som, obviamente. Fiquei três anos em idas e vindas nesse processo. Em algumas épocas realizávamos muitas coisas e depois ficávamos meses parados. Interesse houve demais, faltou foi recurso pra fazermos em grupo.

Em 2018, depois de cinco anos que ninguém mais me aguentava falando de fazer podcast, fui contratado pra fazer um podcast para o Mapa da Folia, e acho que aí que tive coragem de me lançar sozinho e não esperar mais ninguém. Fiz praticamente só um episódio mas retratando um grande tema que foi a novidade do grande crescimento do carnaval na região Oeste de BH.

Aí eu já percebi que essa ideia era muito maluca pra ficar esperando outras pessoas. Comecei a pesquisar e pensar temas que eu daria conta de fazer sozinho e o resto são histórias…

Os planos pro futuro estão ditos em som no episódio. Mas tem outro plano que ainda tá muito pequeno pra vibrar sonoramente mas posso citar rapidinho em texto: se o Histórias Vizinhas até agora era sobre um convívio e conhecimento de nossos vizinhos(as) e semelhantes, da gente conhecer o outro tão profundamente como nós mesmos, o próximo projeto (com outro nome porque extrapola este daqui) será sobre como os seres humanos dão, modificam e geram significados, como reinterpretam, modelam e transformam as coisas pra que signifiquem outras coisas.

Muito grato às pessoas que toparam dar uma palavrinha pra marcar esse momento:
  • Elton Monteiro
  • Carina Guedes
  • Nado Rohrmann
  • Carlos Alberto Jr.
  • André Fossati
  • Chico de Paula
  • Samuel Rabay
  • Fred Augusto
E às trilhas sonoras de uns caras que eu já sou fã e que os autores gentilmente cederam:

Lzu. x Walla|C – Uma boa lembrança.

Abu – FAROL

Vida longa e próspera!