Devo premiar meu filho pelo bom rendimento escolar?

A escola é uma fase importante da vida de crianças e adolescentes e a preocupação maior da maioria dos pais é que o filho se dedique aos estudos. Quantas vezes escutamos falas como “sua obrigação é estudar!” ou “quando eu era criança eu trabalhava, hoje seu trabalho é estudar”. As preocupações dos pais são justas, afinal, o rendimento médio de um trabalhador apenas com o ensino fundamental é cinco vezes menor que um com o ensino superior completo ou mesmo técnico. Na busca por promover esse incentivo, muitos pais optam pelo par castigo / prêmio.

Quando o filho perde médias, ele sofre sanções diversas, como não poder sair com os amigos, não jogar videogame, não ter acesso a computador ou outra coisa que a criança ou adolescente (especialmente estes últimos) goste de fazer. Quando o filho tem boas notas, por outro lado, é comum que ganhe premiações: uma viagem, um brinquedo, um celular novo, variando com o poder aquisitivo da família. O quanto essa prática auxilia efetivamente no empenho da criança?

O problema das premiações e punições

Quando a criança é premiada ou punida de acordo com o seu rendimento escolar, ela irá acostumar-se a um estímulo externo ao estudo. Ou seja, pais que premiam os filhos estão passando para eles a lição de que estudar “não é bom” e o, por isso, sacrifício merece ser recompensado (como quando damos sorvete depois da consulta ao dentista ou damos a sobremesa só depois de comer todas as verduras). A premiação e punição ainda gera na criança uma ansiedade e pressão punitiva do erro, em outras palavras: a mensagem dada é que não importa tentar, apenas acertar.

Até aqueles adeptos da meritocracia concordam que o erro é parte fundamental da aprendizagem e do êxito

Até aqueles adeptos da meritocracia concordam que o erro é parte fundamental da aprendizagem e do êxito. Já escutei inúmeras vezes “empreendedores” citarem a frase atribuída a Thomas Edison: “Eu não fracassei 700 vezes, simplesmente encontrei 700 maneiras de não fazer uma lâmpada”. Não devemos proibir a criança de tentar, o erro nos mostra um caminho, o erro permite a reformulação de hipóteses e estimula a criatividade e a criatividade é importante em qualquer área do desenvolvimento humano, seja nas artes ou na ciência aplicada.

Como então estimular a criança a estudar? Mostrando todos os dias que você se importa com o estudo. Perguntando o que ela aprendeu, acompanhando a realização de tarefas, fazendo perguntas que mostrem que você está realmente interessado. Debatendo, desafiando a criança além do que ela já aprendeu. Comparecendo a escola em reuniões de pais, eventos, feiras, apresentações.citarem Thomas Edson

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