Bertha Becker e a Amazônia

Fala pessoal do GizCast!

Essa semana – e durante todo mês de março – os hosts dão lugar para as mulheres, indicando a participação e contribuição do GizCast com o projeto #OPodcastÉDelas2018, organizado pela  que vem dentro da seara do projeto #mulherespodcasters organizado pelo Programa Ponto G. Hoje trazemos uma convidada nova para nos contar um pouco sobre uma das maiores geógrafas brasileiras: Bertha Becker (1930-2013). Pesquisadora sobre planejamento territorial e sobre a ocupação humana e sua atuação no espaço, com foco na Amazônia, a geógrafa é formada pela UERJ.

O programa foi apresentado por Vevila Dornelles (@cybertamer), geógrafa formada pela UnB, doutoranda em Geografia Humana e Cultural em Reading, na Inglatera. Seus temas de interesse científico incluem ciberespaço e as geografias digitais. Desabafa sobre a vida de pesquisadora no twitter.

Informações:

Lembrando que qualquer dúvida, sugestão, indicação de convidado, é, não só bem vinda, como necessária. Para entrar em contato nos procure no Facebook, no Twitter ou no e-mail.

Agradecemos a Yann Cerri (@yanncerri) pela arte da capa e à Sapiens Solutions pelo suporte ao podcast.

Produção: Gabriel Bonz.
Participação: Vevila Dorneles.
Edição: Gabriel Bonz.
Arte da Capa: Gabriel Bonz.


Leitura do Início do Programa:

“O empresariado brasileiro ainda não se deu conta das amplas possibilidades oferecidas pelos negócios sustentáveis, que necessitam ser dinamizados. Relatório sobre ciência e inovação no Brasil é categórico em afirmar que o sistema de inovação do país está e deve ser em grande parte construído sobre seus recursos, ativos e ambientes naturais, devendo-se pensar o Brasil como uma “economia do conhecimento da natureza” (Bound, 2008). Não se trata de uma economia verde focalizada nas técnicas. O que se propõe aqui é um novo modo de produzir baseado no conhecimento, capaz de reproduzir ao máximo a sinergia da natureza e não de destruí-la. O que falta para potencializar esses “findings” e superar as carências apontadas é a força da C,T&I.

Mas o desafio está menos na quantidade e no volume de recursos aplicados e no número de publicações, do que na natureza e na qualidade das atividades de pesquisa e desenvolvimento. É preciso explorar as opções de maior densidade científica e maior risco tecnológico, capaz de propiciar maiores retornos sociais e econômicos, com priorização de alvos determinados e envolvimento direto das empresas em estreita associação com universidades, institutos de pesquisa e demais centros de P&D.

E não se trata somente das ciências exatas. O caminho para o DS implicando em abordar questões nas suas múltiplas dimensões de forma integrada, demanda crescentes relações com as ciências sociais. A questão institucional, considerada por muitos como chave para um novo padrão de desenvolvimento regional, é um exemplo da necessidade de interação das ciências.

Enfim, uma ciência voltada para a sociedade impõe novas funções aos cientistas.

Polanyi (1944, op. cit.) nomeou como instituições capazes de enfrentar o domínio das forças de mercado sobre a sociedade na passagem para o capitalismo industrial os movimentos sociais, os sindicatos e as políticas públicas. Hoje, a ciência e a tecnologia com seus porta-vozes constituem uma instituição com papel central no processo de mudança desejado.

Uma ciência que não só descobriu como utilizar o capital natural adequadamente, mas que se transformou em sabedoria. Uma ciência que amplie sua responsabilidade e capacidade de esclarecimento à Nação, constituindo-se como instituição capaz de fortalecer a autonomia do Estado em sua negociação com o mercado e com outros Estados.”

Bibliografia:

(BECKER, Bertha K. “Ciência, Tecnologia e Inovação Condição do Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”. Série Tecnologia e Sociedade (MCT), v. 15, p. 15-34, 2010).


#GizCastAcessível: 

A capa consiste na foto de Bertha Becker, sendo uma mulher idosa que olha para o horizonte enquanto está apoiada numa janela de um terraço.

Está escrito em fonte Times New Roman maior “QUEM XVIII FOI?!” e, embaixo, “Bertha Becker e a Amazônia”. Ao redor da capa há uma simulação de moldura dourada.


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